Carnaval e Quaresma



A história do carnaval começa no princípio da nossa civilização, na origem dos rituais, nas celebrações da fertilidade e da colheita nas primeiras lavouras, às margens do Nilo. Eram praticadas festas em homenagem e agradecimentos aos Deuses.

Mas, origem do carnaval é obscura, pode ter sido uma festa que se originou na Grécia em meados dos anos 600 a 520 a.C..

Através dessa festa os gregos realizavam seus cultos em agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo e pela produção.

Em Roma dos césares, ligadas às famosas saturnálias, inseriram bebidas e práticas sexuais nas festas de carnaval, tornando intolerável aos olhos da Igreja Católica. Que, com o passar do tempo a comemoração do carnaval foi adotada pela igreja sendo comemorada em cultos oficiais, e não mais pecaminosos.

Tal modificação foi fortemente espantosa aos olhos do povo já que fugia das reais origens da festa como o festejo pela alegria e pelas conquistas.

Em 1545, durante o Concílio de Trento, o carnaval voltou a ser uma festa popular. Em aproximadamente 1723, o carnaval chegou ao Brasil sob influência européia.
Somente no século XIX é que surgiram as fantasias e os carros decorados nas comemorações na Europa.

O entrudo acontecia num período anterior a quaresma e, portanto, tinha um significado ligado à liberdade. Este sentido permanece até os dias de hoje no Carnaval.

A festa foi adotada pela população brasileira, em meados do século XVII, e se tornou uma das maiores comemorações do país.

A esta favorável recepção, acrescentou-se as famosas marchinhas carnavalescas que incrementou a festa e a fez crescer em quantidade de participantes e em qualidade.

Na verdade, foi no Brasil que o Carnaval tomou esta aparência, de beleza, ânimo e formosura. Na Europa usavam máscaras, que foram adaptadas aqui, e transformadas em fantasias, e introduzimos as marchinhas que se tornaram os sambas, sem dizer as coreografias que modernizam a cada ano.

O entrudo acontecia num período anterior a quaresma e, portanto, tinha um significado ligado à liberdade. Este sentido permanece até os dias de hoje no Carnaval.



A QUARESMA


A palavra Quaresma vem do latim quadragésima e é utilizada para designar o período de quarenta dias que antecedem a festa ápice do cristianismo: a ressurreição de Jesus Cristo, comemorada no famoso Domingo de Páscoa. Esta prática data desde o século IV.

A Quaresma é o tempo de conversão, que a igreja católica, a igreja anglicana e algumas protestantes marcam para preparar os crentes para a grande festa da Páscoa.

Durante este período, os seus fiéis são convidados a um período de penitência e meditação, por meio da prática do jejum, da esmola e da oração.

A Quaresma dura 47 dias, embora para o calendário litúrgico os domingos não contem, perfazendo então 40 dias.

A duração da Quaresma está baseada no simbolismo do número quarenta, quarenta dias do dilúvio, dos quarenta anos de peregrinação do povo judeu pelo deserto, dos quarenta dias de Moisés e de Elias na montanha, dos quarenta dias que Jesus passou no deserto antes de começar sua vida pública, dos 400 anos que durou o exílio dos judeus no Egito.

O período é reservado para a reflexão, a conversão espiritual. Ou seja, o católico deve se aproximar de Deus visando o crescimento espiritual. Os fiéis são convidados a fazerem uma comparação entre suas vidas e a mensagem cristã expressa nos Evangelhos.

Esta comparação significa um recomeço, um renascimento para as questões espirituais e de crescimento pessoal.
O cristão deve intensificar a prática dos princípios essenciais de sua fé com o objetivo de ser uma pessoa melhor e proporcionar o bem para os demais.

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